
O Programa Lixo Zero da Comlurb, que permite a aplicação de multas para quem infringir a Lei de Limpeza Urbana no Rio de Janeiro, fechou o primeiro balanço do projeto Censo e Prospecção de Grandes Geradores. O projeto busca enquadrar estabelecimentos comerciais que deveriam pagar empresas particulares para fazerem a coleta, mas driblam a lei ofertando seus resíduos para o serviço da Comlurb. O projeto-piloto começou em outubro. Até sexta-feira (17/12), foram fiscalizados 3.740 estabelecimentos, dos quais 1.730 foram enquadrados como Grandes Geradores. Foram emitidas 233 notificações para contratação de serviço de remoção de resíduos extraordinários ou de serviços de saúde, outras 162 para adequações diversas, além de lançadas 52 multas.
De acordo com a lei vigente, os grandes geradores, que produzem volume superior a 120 litros de resíduos por dia, devem contratar, dependendo da área em que atuam, coleta de resíduos extraordinários ou de serviço de saúde ou de construção civil. O projeto passou por Copacabana, Barra da Tijuca, Ilha do Governador, Leme, Méier, Grajaú, Vila Isabel. Mais de 29 toneladas de lixo estavam sendo coletadas pela Comlurb enquanto deveriam ser entregues a serviços de empresas credenciadas, contratadas pelos estabelecimentos. Esse tipo de infração prejudica o serviço da Companhia onerando os custos da coleta tanto na operação quanto no pagamento ao Aterro Sanitário, destino final dos resíduos.