
“Venho da iniciativa privada, tenho uma visão empresarial, mas o componente humano sempre esteve presente em minhas decisões na Comlurb: reformamos muitas gerências para dar melhores condições aos trabalhadores; fizemos compras de capas de chuva especiais, mais modernas e impermeáveis, para os garis; e promovemos garis para funções de comando e incentivamos as garis mulheres a operarem equipamentos antes exclusivos de homens. Outra questão que me debrucei nesses quase quatro anos foi o investimento em equipamentos e veículos com tecnologia de ponta. Tenho a convicção de que, na limpeza urbana, a vassoura pode e deve andar alinhada com a tecnologia por uma entrega mais eficiente de serviços à população carioca”, explica.
A tecnologia de ponta está muito presente nos equipamentos adquiridos para o corte de áreas gramadas da cidade. O Giro Zero e o robô roçador Spider são ótimos exemplos dos ganhos em produtividade. Pela primeira vez a cidade do Rio de Janeiro conta com equipamento operado por controle remoto, o robô roçador Spider. Adriano de Souza Gama opera a máquina há nove meses, e não economiza nos elogios:
“Essa máquina funciona por bluetooth e pode ser manobrada por até 200 metros de distância, só quando a área tem muitos obstáculos é que precisamos ficar mais próximos dela. Ela veio para ser um diferencial no corte de áreas gramadas, com muito mais produtividade. Agora, o serviço é feito com muito mais qualidade de vida para o gari, e quem ganha é a população”, resume.
Outro equipamento diferenciado para o corte de mato adquirido pela atual gestão da Companhia é o Giro-Zero, equipamento que realiza o corte de mato com alta velocidade e produtividade. O gari Marcelo Arino Pereira opera o equipamento há três anos e exalta as qualidades da máquina:
“É só observar a qualidade do serviço. A mobilidade dele é excelente, e bem mais compacto que o anterior, que era muito grande e dificultava um pouco o trabalho. .A população reconhece e percebe que o equipamento veio para somar e ela acaba se sentindo mais bem cuidada”, frisa.
O arvorismo – podas em alturas – é o manejo mais técnico realizado pela Comlurb, por sua complexidade, e inclui técnicas de rapel e de escalada. Os profissionais são exaustivamente treinados para a função, tanto para incorporar mais técnicas de execução quanto para receber vasto conhecimento sobre segurança. O manejo de arvorismo se dá com mais ênfase em duas situações extremamente importantes: nas comunidades, por elas não contarem com acesso aos caminhões de poda, e nas escolas municipais – muitas também sem acesso aos veículos -, preservando a integridade das crianças, evitando a queda de galhos e até de cocos – no caso dos coqueiros – no interior da escola.
Especialista na técnica de arvorismo, o gari Adriano de Oliveira, de 43 anos, tem 14 anos de Comlurb e desde o segundo dia na Companhia exerce a função de fazer podas em altura, escalando árvores:
“Nosso trabalho é fundamental, feito basicamente em escolas e comunidades. Nossa função é fazer a manutenção para evitar acidentes com quedas de galhos, folhas secas e cocos. Uso todo o Equipamento de Proteção Individual (EPI) necessário nas operações, como trava-quedas, corda de segurança de apoio para perna e braço, óculos, luva, gancho, tudo que tem direito para garantir nossa segurança. Vou escalando, subindo, de acordo com a necessidade”, contou Adriano, durante poda ao lado de uma escola municipal na Urca na última quinta-feira, 09/05.
Garis com catamarãs fazem a limpeza do espelho d´água da Lagoa Rodrigo de Freitas, cartão-postal da cidade
A Lagoa Rodrigo de Freitas tem uma das mais belas paisagens da cidade, curtida por cariocas e turistas. Pouca gente sabe, entretanto, que uma embarcação da Comlurb, tipo catamarã, é a responsável por retirar os resíduos do espelho d ‘água. Ela é conduzida por um marinheiro de formação, como determina a legislação, mas a guarnição tem sempre no gari o apoio fundamental para a realização do serviço, Há 16 anos na gerência de náutica da Comlurb – que conta ainda com a limpeza do espelho d´água do entorno do Museu do Amanhã e da coleta domiciliar das sete ilhas da Barra da Tijuca -, Gilberto Rodrigues reconhece a importância do serviço desempenhado por ele, que pouca gente sabe que é feito por garis da Comlurb:
“Nosso trabalho é fundamental para garantir que não exista poluição visual nesse lindo cartão-postal da cidade. Recolhemos os resíduos flutuantes com o cesto e ensacamos. O trabalho segue no calçadão, com a remoção de folhas e cocos. A natureza agradece o trabalho dos garis e as pessoas que caminham por aqui sempre demonstram apreço e agradecem o serviço feito por nós”, resume.
A Comlurb tem incorporado cada vez mais as mulheres à rotina de trabalho, com equipamentos modernos e tecnológicos. A varredeira compacta, novidade no portfólio de equipamentos da Companhia e que opera preferencialmente, em ciclovias, calçadões e áreas externas de estádios de futebol, conta com algumas garis mulheres na operação. Débora e Graziele são duas garis que contam com cerca de dois anos de experiência na função. “A varredeira contribui para deixar a orla impecável, facilita muito a vida do gari e mantém nossa cidade sempre limpa e maravilhosa”, afirma Débora. “Ajuda muito no serviço prestado pela Comlurb. Nos sentimos confortáveis operando a máquina e ela traz grande benefício, garantindo ciclovias ainda mais limpas”, diz Graziele.
As garis mulheres estão presentes também na condução de máquinas mais pesadas, como o trator de praia. Ana Caroline Martins há dois anos opera o equipamento, e enxerga a importância do trabalho desenvolvido por ela e seus colegas nas areias das praias:
“A máquina facilita o trabalho dos garis, e alcança coisas que talvez não estejam à nossa vista, como pregos, pedaços de vidro e outros itens. A população percebe a importância desse equipamento para a Comlurb. Os garis são as pernas da Comlurb, a Comlurb não anda sem eles”, encerra Ana Caroline, em homenagem aos colegas no Dia do Gari.